Risco é maior que os relacionados a tabagismo, alcoolismo ou sedentarismo
Um estudo realizado no Canadá com mais de 7.500
participantes, que foram acompanhados durante nove anos, provou que
existe uma relação entre o grau de estresse no trabalho e a incidência de diabetes tipo 2
em mulheres. A pesquisa foi desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas
sobre Trabalho e Saúde, em parceria com o Instituto de Ciência Clínica
Avaliativa, e os resultados foram divulgados hoje no periódico Occupational Medicine.
Após avaliar homens e mulheres,
os cientistas descobriram que 19% das mulheres desenvolveram diabetes
como consequência dos seus hábitos de trabalho, fato que não foi
identificado em nenhum dos homens no estudo. A proporção de casos de
diabetes relacionado ao trabalho chega a ser maior do que a incidência
ligada a fatores como tabagismo, abuso de álcool, sedentarismo ou com o nível de consumo de frutas e verduras, mas ainda é menor que o risco representado pela obesidade.
Além disso, mulheres que ocupam
cargos de baixa hierarquia e sofrem com estresse correm um risco duas
vezes maior de desenvolver diabetes do que as que não sofrem pressão profissional.
De acordo com os autores, as
mulheres costumam reagir ao estresse comendo mais produtos com açúcar e
gorduras, o que somado ao sedentarismo eleva o risco da doença. Além
disso, os pesquisadores explicam que a doença é favorecida por
perturbações geradas no sistema neuroendocrinológico e no sistema imunológico das mulheres sob estresse, que provocam maior produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina.
Espante o estresse no trabalho em poucos minutos
Quem tem uma rotina profissional
corrida sabe que não é fácil lidar com o estresse no trabalho. Mas há
como buscar alternativas bem práticas para conseguir relaxar durante o
expediente. Confira abaixo algumas dicas para controlar os hormônios do
estresse em até cinco minutos.
Assista a um vídeo divertido na internet
Os níveis dos hormônios cortisol
e adrenalina (relacionados ao estresse) diminuem muito quando você dá
umas boas risadas, afirma um estudo realizado pela Loma Linda
University, que analisou a resposta hormonal dos participantes ao
assistir um vídeo engraçado e constatou que os efeitos podem durar de 12
a 24 horas. Por isso, aproveite as ferramentas que tiver na mão para
dar aquela gargalhada.
Cante uma música ou recite um poema
A endocrinologista Alessandra
Rascovski, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia,
explica que o cortisol está muito relacionado à resposta de cognição, ou
seja, com o pensamento. Manter o foco longe das preocupações ajuda a
reestabelecer os níveis normais de hormônio.
Coma um alimento doce e saudável
O chocolate pode até dar uma
sensação de prazer, mas ela passa rapidinho. Isso porque os níveis de
glicose que sobem ao comer esse alimento sofrem uma queda brusca logo
depois. "A solução é comer um alimento que aumente a glicemia no sangue e
a deixe constante, como uma fruta fresca ou desidratada", aconselha
Alessandra Rascovski.
Controle a respiração
"Respirar profundamente pelo
menos 15 vezes, enchendo a barriga e deixando todo o ar sair dos
pulmões, desacelera o coração e faz com que a ansiedade diminua",
explica o médico acupunturista Alexandre Yoshizumi, coordenador do
ambulatório de acupuntura do Hospital do Servidor Público Estadual,
Alexandre Yoshizumi.
Solte o verbo
Um estudo realizado pela
University of East Anglia observou que funcionários que falam mais
palavrão têm menores níveis de estresse em comparação com quem evita
essas expressões. Os pesquisadores recomendam: o ideal é achar o meio
termo, já que xingamentos muito feios podem ser ofensivos e minar o
clima do trabalho. Vá ao banheiro ou, então, espere até entrar no carro
para proferir poucas e boas.
Fonte: http://msn.minhavida.com.br/saude/materias/15544-estresse-no-trabalho-pode-dobrar-chances-de-diabetes-em-mulheres
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