A grande mudança veio mesmo aos 18 anos em 2007 quando passou no vestibular e logo no primeiro semestre foi cursar Letras Língua Inglesa e suas respectivas literaturas na UERN no Campus central, pois teve que mudar para a casa de seus avós em Apodi e fazer diariamente de ônibus ida e volta Apodi-Mossoró-Apodi todas as noites, com exceção dos sábados e domingos, pois nesses dias ia para a casa de seus pais no sitio matar a saudade e descansar um pouco. Durante todo o curso sempre procurou se dedicar ao máximo. Nunca deu muita importância às notas. Para ele o que importava era o aprendizado. Conseguiu concluir seu curso em 2010.
Quando estava no Ensino Fundamental não gostava muito de inglês. Durante o Ensino Médio foi aluno da professora de inglês Francilene Lopes, que lhe mostrou que aprender inglês não precisava ser uma coisa chata e enfadonha, poderia ser divertido. Passeou a gostar de inglês a partir desse momento a ponto de começar a sonhar em fazer um curso de inglês, mal podia imaginar que um dia poderia ser professor desse idioma.
No inicio da sua graduação, cursava apenas com o objetivo de ter um curso superior no final de um período de quatro anos, logo depois de três semestres incentivado por um de seus colegas, no ano de 2009 fez uma seleção para professor estagiário na rede estadual de ensino (bolsista) e passou em 2º lugar, e dai em diante assumiu uma carga horaria em duas escolas distintas uma de Ensino Fundamental e outra de Ensino Médio. Respectivamente as escolas “Escola Estadual Ferreira Pinto” e “Escola Estadual Professora Maria Zenilda Gama Torres”.
Os primeiros dias de aula foram difíceis. Ele nunca tinha ministrado aulas antes e os alunos não gostavam de inglês. Então ele foi mostrando para os alunos que aprender outro idioma era possível, que as aulas de inglês podiam ser divertidas, dai em diante começou a se sentir tão bem, tão seguro nas suas aulas, que acabou conseguindo com que seus alunos não o vissem apenas como professor, mas como um amigo também. Foi ai que ele sentiu que tinha feito a escolha certa da profissão, da qual muito se orgulhava, apesar de muitas vezes ser tão desvalorizada e descriminada. Em Novembro de 2010 recebeu uma proposta de trabalho de ONG chamada “PDA Santa Cruz” que desenvolve entre outros trabalhos atividades de incentivo a leitura e proteção à criança como monitor. Atualmente sua vida profissional está dividida entre o trabalho na ONG e ser professor do CNSC. Gosta do meu trabalho na ONG, pois trabalha com crianças, mas ser Professor Continua sendo sua Paixão, nenhuma outra profissão lhe proporciona a satisfação que esta me proporciona.
Seus planos para o futuro são continuar aperfeiçoando sua formação através de especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado e etc... Continuar fazendo seu trabalho sempre me esforçando ao máximo e um dia quem sabe ter a chance de lecionar na academia... E poder fazer um intercâmbio assim que surgir uma oportunidade. Sua vida em sala de aula e como a de qualquer professor, cheia de desafios, de alegrias, superação, tristezas, momentos tensos e difíceis, momentos únicos e belos tem passado por tudo isso durante sua breve atuação.
Segundo Gerson: “os maiores desafios para ser professor de inglês são: primeiramente, a falta de interesse por parte da maioria dos alunos que dizem que não é capaz de aprender outra língua. Em segundo lugar a escassez de oportunidades para o exercício da profissão, e por ultimo e não menos importante, a falta de infraestrutura para que o professor possa realizar suas atividades de forma plena. Nem todas as escolas dispõem de materiais mínimos necessários para oferecer um apoio, ao professor na hora da aula. Por exemplo, certa vez, planejei uma aula de listening e só depois tive conhecimento que o único aparelho de som cuja escola disponha na época estava “queimado”. Para minha sorte, eu sempre tinha a mania de passar o áudio das lições para o meu celular para ouvi-los em casa antes de ir ao colégio. Entre os acessórios de meu celular, havia um muito peculiar, uma “mini caixa de som” que nesse dia veio bem a calhar, pois utilizei os dois para poder realizar a aula que havia planejado. Porém a direção da escola tomou minha atitude como um protesto e rapidamente providenciou o concerto do som, principalmente por todos os alunos estavam comentando muito, alguns positivamente, outros negativamente”.
Entrevista com o Professor Gerson Oliveira
Em relação ao Ensino de Inglês para fins específicos (inglês instrumental), como vestibulares e testes, você sente dificuldade em encontrar material na área?
Não. Por que hoje temos vários meios de conseguir materiais desde os mais tradicionais como livros e apostilas, mas também há muitos sites na internet que oferecem ótimas opções de materiais, porem cabe a nós professores seleciona-los de acordo com os objetivos as da aula. Por exemplo, você pode pegar um texto de um jornal, uma noticia que tenha tido grande repercussão e trabalha-la durante a aula explorando o seu entendimento e também tópicos gramaticais. Podemos também encontrar várias sugestões e dicas muito importantes além de podermos ter a oportunidade de trocar experiências com outros profissionais.
Qual a importância de aprender uma língua estrangeira hoje em dia?
Primeiramente, o fato de aprender outro idioma ampliando suas possibilidades de comunicação, sem falar que você também amplia seus horizontes sua capacidade critica e de raciocino. E finalmente você pode ser mais valorizado profissionalmente visto que o mercado de trabalho exige profissionais cada vez mais capacitados.
Você desenvolve algum tipo de trabalho envolvendo a participação de professores de outras disciplinas?
Ainda não. Mas pretendo desenvolver algum trabalho que conte com a participação de outros profissionais das diferentes áreas do ensino. Sempre recorro a meus colegas quando, por exemplo, necessito falar de algum acontecimento histórico, procuro um professor de história para me tirar algumas dúvidas sobre o período e outros fatos relevantes, da mesma forma eles me procuram também quando se deparam com algum termo em inglês, ou coisas do tipo. Queria que essa integração fosse maior, tenho esperança de algum dia desenvolver um projeto tendo como base essas situações.
Conte alguma situação inusitada vivida em sala de aula.
No primeiro dia de aula no Ensino Médio, eu cheguei à sala para ministrar as aulas de inglês e todo mundo pensou que eu fosse um aluno também, por que na época eu tinha apenas 20 anos de idade e algumas espinhas remanescentes da adolescência. Eu entrei na sala, cumprimentei a todos e quando eu me apresentei eles começaram a rir e dizer “deixe de brincadeira! Agente sabe que a escola ainda não conseguiu um professor de inglês, sente ai que as duas primeiras hoje são vagas”... Eu então respondi “se não tiverem acreditando podem perguntar a diretora ela poderá confirmar para vocês” nisso quatro alunas levantaram e foram perguntar ai então a diretora voltou com eles e me apresentou para toda a turma, falou um pouco de mim e eles ficaram admirados por alguém, praticamente da mesma idade deles, está afrente de uma sala de aula. Ai depois foi um momento muito bom.
Muito obrigado pela participação. Qual mensagem você deixaria para as pessoas que estudam ou ensinam a língua inglesa?
“Não desistam nem desanimem frente aos obstáculos, pois eles sempre estarão em seu caminho independentemente de sua vontade, mas você pode escolher: não enfrenta-los e se arrepender depois de não ter tentado ou enfrenta-los e supera-los, mesmo que você não consiga na primeira tentativa, mas você terá certeza que deu o melhor de si e que vai tentar de novo.”
Adaptada de matéria enviada pelo professor Bruno Coriolano do www.portaldalinguainglesa.blogspot.com
Fonte: Retirado do blog: http://tudodeapodi.blogspot.com/
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