Conhecer os direitos e os deveres da criança e do adolescente é importante, principalmente nesses tempos em que todos se acham no direito de fazer o que bem entendem e acreditam não ter dever nenhum.
Um dos direitos fundamentais, obrigatórios, como educação, está sendo respeitado. Quase todas as crianças estão na escola, estudando (pelo menos deveriam estar estudando), com professores formados, merenda na escola e estrutura.
Mas, muitas vezes, aquilo que é direito, acaba sendo visto como uma obrigação, e então não se valoriza.
É o que acontece com adolescentes que acham que podem fazer o que quiser na escola porque é um local público. Por ser público, não precisa zelar por ele nem permitir que outros queiram colaborar para a melhoria da educação.
Segunda-feira, 28, o Ler para Saber Mais promoveu palestra na Escola Estadual Hermógenes Nogueira, no bairro Abolição IV. O advogado Marcos Araújo, do Centro de Estudos Jurídicos Juxta Legem, explanou sobre Os direitos e deveres da criança e do adolescente, enfatizando que o adolescente precisa buscar realizar seus sonhos. E que cuidar da escola não deve ser uma obrigação, mas uma ação natural como quem cuida da própria casa. Riscar paredes, quebrar carteiras, como muitos fazem não ajuda em nada, não mostra que uma pessoa é destaque. "Na escola tem o gostosão, aquele que se acha o máximo, e tem os manés e otários, que são aqueles que vêm para a escola estudar. Mas no futuro os papéis se invertem: quem era gostosão hoje, vai ser um mané, porque vai ficar sem emprego, sem educação, e vai ser um zé ninguém", disse.
A escola Hermógenes Nogueira fica localizada em uma área difícil. Antes da palestra, um adolescente chegou a jogar uma cadeira no chão, outro jogava gelo nos colegas, atingindo quem passasse. Além dos apelidos e da falta de educação de muitos. "Nós estamos muito preocupados com a falta de valor que a sociedade está formando. O ambiente da escola é um ambiente de caderno e lápis, e não de faca e revólver", lamentou Marcos Araújo.
Segundo ele, educação é dever do Estado, mas ninguém pode ser obrigado a receber aquilo que não quer.
Falando para os adolescentes que dão muito trabalho na escola, Marcos Araújo lembrou os seus pais, que, quando menino, eram pobres, e tinha prometido aos genitores, juntamente com os irmãos, que não deixariam os pais passar necessidade. "Os pais estão se sacrificando para nos dar educação, será que nós não podemos retribuir?", questionou.
Para a supervisora a escola, Aldeiza Maria Pereira, é preciso melhorar a educação, pois os alunos não estão levando a sério. "É difícil trabalhar, pois os alunos não respeitam nada. Além disso, quebram as carteiras, assim fica muito difícil", diz.
No decorrer da palestra, muitos alunos que estavam perturbando durante toda a manhã começaram a ficar mais quietos, prestando atenção ao que o palestrante dizia. Quando alguém diz o que eles querem ouvir, eles próprios se tocam. É a velha questão dos limites. Falta, na família, um limite que os leve a refletir se têm realmente direito de fazer o que fazem na escola.
Gazeta do Oeste.
Fonte: http://erivanmorais.zip.net/
Um dos direitos fundamentais, obrigatórios, como educação, está sendo respeitado. Quase todas as crianças estão na escola, estudando (pelo menos deveriam estar estudando), com professores formados, merenda na escola e estrutura.
Mas, muitas vezes, aquilo que é direito, acaba sendo visto como uma obrigação, e então não se valoriza.
É o que acontece com adolescentes que acham que podem fazer o que quiser na escola porque é um local público. Por ser público, não precisa zelar por ele nem permitir que outros queiram colaborar para a melhoria da educação.
Segunda-feira, 28, o Ler para Saber Mais promoveu palestra na Escola Estadual Hermógenes Nogueira, no bairro Abolição IV. O advogado Marcos Araújo, do Centro de Estudos Jurídicos Juxta Legem, explanou sobre Os direitos e deveres da criança e do adolescente, enfatizando que o adolescente precisa buscar realizar seus sonhos. E que cuidar da escola não deve ser uma obrigação, mas uma ação natural como quem cuida da própria casa. Riscar paredes, quebrar carteiras, como muitos fazem não ajuda em nada, não mostra que uma pessoa é destaque. "Na escola tem o gostosão, aquele que se acha o máximo, e tem os manés e otários, que são aqueles que vêm para a escola estudar. Mas no futuro os papéis se invertem: quem era gostosão hoje, vai ser um mané, porque vai ficar sem emprego, sem educação, e vai ser um zé ninguém", disse.
A escola Hermógenes Nogueira fica localizada em uma área difícil. Antes da palestra, um adolescente chegou a jogar uma cadeira no chão, outro jogava gelo nos colegas, atingindo quem passasse. Além dos apelidos e da falta de educação de muitos. "Nós estamos muito preocupados com a falta de valor que a sociedade está formando. O ambiente da escola é um ambiente de caderno e lápis, e não de faca e revólver", lamentou Marcos Araújo.
Segundo ele, educação é dever do Estado, mas ninguém pode ser obrigado a receber aquilo que não quer.
Falando para os adolescentes que dão muito trabalho na escola, Marcos Araújo lembrou os seus pais, que, quando menino, eram pobres, e tinha prometido aos genitores, juntamente com os irmãos, que não deixariam os pais passar necessidade. "Os pais estão se sacrificando para nos dar educação, será que nós não podemos retribuir?", questionou.
Para a supervisora a escola, Aldeiza Maria Pereira, é preciso melhorar a educação, pois os alunos não estão levando a sério. "É difícil trabalhar, pois os alunos não respeitam nada. Além disso, quebram as carteiras, assim fica muito difícil", diz.
No decorrer da palestra, muitos alunos que estavam perturbando durante toda a manhã começaram a ficar mais quietos, prestando atenção ao que o palestrante dizia. Quando alguém diz o que eles querem ouvir, eles próprios se tocam. É a velha questão dos limites. Falta, na família, um limite que os leve a refletir se têm realmente direito de fazer o que fazem na escola.
Gazeta do Oeste.
Fonte: http://erivanmorais.zip.net/
Nenhum comentário:
Postar um comentário